Mise en Place, de Margarida Gil

Data
a
Horário[ ver detalhe ]
Terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00  (última entrada às 17h40) | Segunda: Encerrado
Local[ + info ]
NomePalácio da Cidadela de CascaisMorada

Cidadela de Cascais
Av. D. Carlos I
2750-642 Cascais

FreguesiaCascais e EstorilGeolocalização38.694052,-9.419158 (abrir mapa)
Palácio da Cidadela de Cascais
Preço

5 euros - Bilhete Normal
Descontos: AQUI

Descrição

A Galeria de Exposições do Palácio da Cidadela de Cascais apresenta uma seleção de esculturas em cerâmica da reconhecida artista e cineasta portuguesa Margarida Gil, reunidas na nova exposição Mise en Place, que se integra na programação do Bairro dos Museus. 

Com curadoria de André Almeida e Sousa, a exposição reúne 30 obras em cerâmica de Margarida Gil, mais conhecida com uma das mais influentes cineastas portuguesas em atividade desde os anos 70, mas que também explora a escultura em cerâmica e a pintura como veículos para a sua expressão artística. A exposição contempla, ainda, uma escultura sonora especialmente criada pelo músico Paulo Abelho em conversação com as obras de Margarida Gil. Os textos que acompanham a mostra são assinados pelo curador, pela escritora Luísa Costa Gomes e pelo historiador de arte Pedro Arrifano.

Mise en Place, o título da exposição, provém de mettre en place que significa “ordenar”, “dispor em ordem”, “preparar”. Para Margarida Gil, esse é o preponderante ato que antecede a mise en scène, tão usada no cinema, porque põe no lugar todos os elementos que, dotados de movimento, interagirão para compor uma cena.
Na mise-en-place que apresenta na Galeria de Exposições do Palácio da Cidadela de Cascais, a artista parece querer pôr ordem na desordem, não sem reconhecer a ironia em se anunciar a preparação para que tudo assuma o seu lugar quando o ambiente é um de constante mutação. Nas palavras do curador André Almeida e Sousa, “a suposta ordem implica várias pessoas, várias sensibilidades, relacionando-se e reverberando umas nas outras como as esculturas. Mise en Place afirma a dificuldade de um plano para o reencontro com o lugar fundamental – o lugar do humano”.

As formas e as cores das cerâmicas de Margarida Gil reunidas nessa exposição remetem para motivos como a água, as montanhas, os minerais, as entranhas da terra e dos seres, os corais e as aves, mas também são imbuídas de mistério, como que alquímicas, tocam na mitologia e nas fábulas. A ordenação pela qual nos guia é um percurso cheio de enigmas, mas também de humor, que para a artista é um antídoto. Numa cerâmica que representa um sorridente pássaro, o visitante reconhecerá uma figura política familiar a todos, por exemplo.

Margarida Gil esculpe desde a juventude, primeiro incentivada por uma antiga professora de filosofia que a introduziu nessa arte. E o que faz são mesmo esculturas, não peças de cerâmicas meramente funcionais, que é o uso mais comum dado ao barro. “Detesto a leviandade com que muitas vezes se trata a cerâmica, nunca tive nenhuma tolerância pelo amadorismo na Arte; mas, para mim, isto é escultura, e acho que se a vida tivesse sido diferente, eu teria seguido Escultura. É uma atividade para mim absolutamente natural”.

Maria Margarida Gil Lopes nasceu na Covilhã em 1950. Licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É Assistente Convidada na FCSH da Universidade Nova. Desde a década de 1970 dedica-se à realização de cinema e televisão. Mais recentemente, o seu filme Mãos no Fogo foi o único filme português a concurso na Festival de Berlim de 2024. Para além da realização, dedica-se às artes plásticas, tendo estudado gravura, desenho, pintura e cerâmica na Ar.Co em Lisboa.


Saiba mais no site da Fundação Dom Luís I:AQUI

Mais informações: 214 815 660 | geral@fdl.pt 
Organização: Câmara Municipal de Cascais | Fundação D. Luís I | Bairro dos Museus

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