“LUCIEN HERVÉ: Flashes do Homem na Cidade Moderna”, de Lucien Hervé

Data
a
Horário[ ver detalhe ]
Terça a domingo, das 10h00 às 18h00 (última entrada às 17h40) Segunda: Encerrado
Local[ + info ]
NomeCentro Cultural de CascaisMorada

Av. Rei Humberto II de Itália
2750-800 Cascais

FreguesiaCascais e EstorilGeolocalização38.694162,-9.421404 (abrir mapa)
Centro Cultural de Cascais
Preço

5 euros | Bilhete Normal
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Descrição

O Centro Cultural de Cascais abre ao público a exposição “LUCIEN HERVÉ: Flashes do Homem na Cidade Moderna”, dedicada à obra do franco-húngaro Lucien Hervé, considerado um dos mais importantes fotógrafos de arquitetura do século XX.

Apresentada paralelamente a “Ruth Orkin – A Ilusão do Tempo”, esta é a segunda grande exposição de fotografia patente no Centro Cultural de Cascais atualmente. A mostra acontece numa iniciativa da Fundação D. Luís I e da Câmara Municipal de Cascais no âmbito da programação do Bairro dos Museus.

A sensibilidade com que Lucien Hervé fotografou projetos arquitetónicos assinados pelos mestres modernistas como Le Corbusier e Oscar Niemeyer é um marco na história da fotografia. Não seria exagero afirmar que as suas fotografias foram importantes para que os projetos desses arquitetos, Le Corbusier especialmente, se tornassem conhecidos e admirados em todo o mundo.

Mas, como revela a exposição “LUCIEN HERVÉ: Flashes do Homem na Cidade Moderna”, a sua obra fotográfica não é apenas uma notável reportagem sobre edifícios icónicos. É também relevante pelos seus aspetos estéticos, artísticos e sociológicos. Lucien Hervé é um dos raros fotógrafos que combinava uma visão artística e até filosófica da fotografia com a Arquitetura e com a cidade do século XX. Le Corbusier dizia que Hervé sabia verdadeiramente olhar para a arquitetura.

Com curadoria dos arquitetos portugueses Isabel Alvarenga e Victor Neves, a exposição, especialmente concebida para o Centro Cultural de Cascais, parte de uma perspetiva temática que investiga a representação da figura humana e da urbe nas fotografias de Lucien Hervé, num cruzamento da fotografia, da arquitetura e da sociologia. Lucien Hervé, atento observador do concreto, também procurava, em todos os lugares que fotografava, a presença dos vivos. 

Como evidenciam as obras em exposição, Lucien Hervé registou magistralmente a novidade da cidade modernista e o impacto do que viu ser construído, no Brasil e na Índia, por exemplo. Mas, ao mesmo tempo, também voltou a sua câmara para a cidade antiga que antecede a moderna, de ruas estreitas, escuras e insalubres. A escala urbana e a sua relação com a escala da figura humana, e a dimensão sociológica dessa relação, estão motivos recorrentes em muitas das suas fotografias.

Os curadores observam que, nas suas imagens, Hervé “obtinha uma perfeita harmonia entre a sua visão humanista, conjugada com a visão analítica do arquiteto, sublinhando com o uso da luz, as formas geométricas e as texturas dos materiais, representando de forma exemplar a vivência espacial, criando uma narrativa visual passível de transmitir a sensação corporal do espaço”. É a cidade vista como obra de arte e o homem moderno como o seu centro e protagonista.

Hervé fez parte de uma geração impressionante de fotógrafos, que utilizaram a fotografia a preto e branco para ver e olhar a cidade e as suas arquiteturas. Na história da fotografia, o seu nome é mencionado ao lado de outros mestres como Georges Brassaï, Henry Cartier-Bresson, Robert Doisneau, Marcel Gautherot, Thomas Farkas. 

Mais informações: 214 815 660 | geral@fdl.pt 
Organização: Câmara Municipal de Cascais | Fundação D. Luís I | Bairro dos Museus 

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